sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Neil Peart fala sobre novo disco do Rush

Juntos desde 1968

As lendas canadenses do rock, RUSH, continuam trabalhando em seu 20º álbum de estúdio, "Clockwork Angels", previsto para o final do ano via Roadrunner Records.

Em um post em seu site oficial, o baterista do RUSH, Neil Peart, descreveu o ‘making of’ do novo CD:

Estive gravando em Toronto com meus colegas de banda desde meados de outubro até o início de dezembro. Completamos as composições e arranjos para o álbum, 'Clockwork Angels', começamos no fim de 2009 – antes de fazer a pausa para a turnê 'Time Machine', e fazer 81 shows na América do Norte, América do Sul e Europa (grande pausa).

Enquanto o Alex «Lifeson, guitarra» e o Geddy «Lee, baixo/vocal» estavam terminando a composição e o arranjo em um recinto menor do estúdio, lá na sala grande eu estava trabalhando com o ‘The Mighty Booujzhe’, gravando minhas partes da bateria.

Como nos preparamos para começar a mixagem no ano novo, ainda é cedo demais para dizer qualquer coisa sobre os resultados. (Uma vez descrevi a mixagem como 'o fim da espera', enquanto o Geddy chama de 'a morte da esperança.' A respeito do processo, entretanto, eu não consigo resistir a falar um pouco.

É a segunda vez que trabalhamos com a equipe de produção de Nick 'Booujzhe' Raskulinecz e o engenheiro Rich 'Tweak' Chycki. Começar o trabalho com este nível de confiança nos permite atingir altos patamares, e eu gravei minhas partes de bateria de uma maneira que nunca tinha feito antes.

Até nosso álbum anterior, 'Snakes & Arrows' (2007), meu método foi pegar uma versão demo que o Alex e Geddy fizeram de cada música e tocava junto muitas, muitas vezes. Eu experimentava com ritmos possíveis e decorações e gradualmente os organizava em um arranjo. Nesse ponto, eu começava a gravar meus demos – geralmente com o Alex como engenheiro – e os melhorava com o tempo, com a opinião dos meus colegas de banda e do co-produtor (Booujzhe, no caso).

Atualmente eu tenho trabalhando deliberadamente para me tornar mais improvisativo na bateria, e essas sessões foram uma oportunidade de tentar essa abordagem no estúdio. Eu toquei cada música umas poucas vezes sozinho, checando padrões e preenchimentos que funcionassem, então chamava o Booujzhe. Ele ficava no recinto comigo, encarando minha bateria, com uma partitura e uma baqueta – ele era meu maestro e eu era a orquestra dele. (Posteriormente eu substituí a baqueta por uma batuta de verdade).

As músicas do RUSH tendem a ter arranjos complicados, com batidas ímpares, por todos lados, e nossas últimas músicas não são diferentes (talvez piores – ou melhores, dependendo). Antes, muito do meu tempo de preparação eu passava simplesmente aprendendo tudo isso. Eu não gosto de contar essas partes, mas prefiro tocá-las o suficiente até que eu comece a sentir as mudanças duma forma musical. Tocando uma vez após outra, esses elementos se tornavam a música.

Dessa vez eu passei essa tarefa ao Booujzhe. (E ele adorou!) Eu atacava a bateria, reagindo ao entusiasmo dele, e às sugestões dele entre as tomadas, e juntos construíamos a arquitetura básica daquela parte. A batuta dele me conduzia aos refrões, pontes intermediárias e por aí vai – então eu não tinha de me preocupar com as suas durações. Sem contar e sem infinitas repetições.

FONTE:BLABERMOUTH.NET

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